A vibração das flores e das músicas que me abraçam no ateliê
Nada Brahma é uma antiga proposição de que o mundo é som. Meu mundo vibra. Afirmo isso sem caráter religioso e sem referência a gurus. Sinto a vibração das flores com minhas próprias mãos. Vibro junto com as flores por meio dos florais que consumo. Ora me afogo em músicas, ora flutuo na natureza.
Além deste corpo sutil, existe a música. A música está muito presente em meus processos artísticos. Acho bem difícil, por exemplo, acordar e dar o play na alegria de Gil. Me sintonizo muito mais com a tristeza de Bethânia e com a melancolia de Elis. Talvez, escrever, pintar ou colar seja, para mim, como fazer um samba era para Vinicius. “Pra fazer um samba com beleza/ É preciso um bocado de tristeza/ Senão, não se faz um samba não” – Se você não cantarolou, volte uma casa.
Normalmente, tem alguma música tocando no ateliê. Algumas acabam se repetindo. Não raro, uma canção fica em loop fortalecendo algum trabalho específico em execução.

Playlists do Jardim de Beatriz
Antes de vir para o Ateliê de Temporada, enquanto sonhava e preparava tudo o que queria fazer nesta residência artística, elaborei uma playlist homônima. Incrível como fui empilhando músicas alegres! Como pude? Àquele momento, fazia muito sentido essa vibração solar. Já tinha separado o floral Bipinatus para apoiar essa vibração.
Sabe quantas vezes ouvi essa playslist desde cheguei aqui? Nenhuma vez! A vibe real está sendo outra, muito mais lunar.
Foi assim que surgiu a playlist “Ateliê Lado B”, essa sim tem acompanhado minha vibração e minhas criações. Até a rádio criada pelo Spotify a partir da minha lista ficou boa.
Série Acúleos
A Série Acúleos, que produzi em 2022, tem uma playlist muito especial, também. Nela brilham Bethânia e Anna Canãs. Sons que fizeram enorme sentido para tudo o que vivi durante a Residência Artística DevOrar a Antropofagia, no Vilarejo 21. Você pode saber mais do processo ouvindo a playlist ou vendo o catálogo.
Outras músicas
Nem só minhas playlists me conduzem. Eu que sempre gostei da “This is Maria Bethânia”, tenho descoberto novos caminhos ao preferir ouvir a discografia, álbum por álbum. Assim os sons ganham um contexto mais completo. E tenho amado tudo, mesmo que ainda prefira a maturidade da minha diva.
Ah, anote aí mais duas playlists muito boas, também no Spotify: “Sad Indie” e “As mais tristes (mesmo) da MPB”.
Se você ainda não está ouvindo minha playlist, clique a seguir
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